Olá Amigos e conterrâneos!
Sou o Zé Feliz.
É com enorme alegria que aceito o convite para conversar convosco.
Conversar e não só.
Também para contar, ou tentar contar algumas "façanhas" da nossa meninice e juventude, de que alguns já estarão esquecidos. As cenas do quotidiano de antigamente, que eram o espelho da nossa população, hoje parecem "anedotas "... São essas "peripécias" que eu ainda retenho na memória, que vos quero recordar...Mas também quero falar do presente e do futuro!. Do futuro da nossa terra e da sua gente que cada vez está mais "descaracterizada" no que toca a tradições e memórias ainda bem recentes.
Os avanços tecnológicos e a globalização da sociedade deturpou a ingenuidade pura por uma avassaladora onda de inversão de valores. Aquilo que a intelectualidade pós -moderna recalcitrou como ixemplo acabado do um espírito de injustiça e discriminatório , foi substituído por outro que eu considero igual, em termos práticos, ou pior . Um exemplo: o nosso "Menino Jesus" foi trocado pelo pai Natal e agora até pela Mãe Natal!. Como se o "Infante suavíssimo" fosse injusto na distribuição das prendas e o tal Pai Natal ou a mulhrer dele tivesse acabado com tal discriminação entre os mais abonados (que as tinham e têm das boas,...) e os que nem "sócos" tinham para pôr na lareira e que recebiam os figos e as azeitonas do dia anterior! E viva o velho!
Importamos esteriótipos que nada nos dizem e nada têm a ver connosco: o "Alloween", o Pai Natal... e agora até o «"rabi" que é aquele jogo do "cheira-cús" e uma bola que parece um melão», segundo a literal definição do falecido Aveiro, que esteva na Rodésia e na África do Sul... Somos uns troca-tintas !
Já ninguém sabe o que é uma "bilharda" ou o que é um jogo com troços de couves! E muito menos fazer uma caveira e pôr uma vela acesa dentro... que é o que os americanos fazem no tal "alloween"!!! E o "baseball" não assenta no jogo da "bilharda"?
Eu não sou bota de elástico. Não quero voltar para trás ( só se fosse na idade!), mas enoja-me esta falta de cultura daquilo que é nosso. Lá por os outros serem mais elaborados , É PRECISO SABER E DEFENDER , que a raíz é nossa!
Hoje deu-me para o nacionalismo, desculpem lá...
Quero saudar particularmente os nossos conterrâneos do " Brasíu", o Toninho da Lucinda (António Cruz) , o irmão Joel (Joelinho) e o Fernando Rites, que anda lá pelo sertão de S. Luís do Maranhão e enviar a todos os outros um grande abraço!.
Até breve, que a Senhora da Saúde vem aí!
Zé Feliz